“Uma voz suave iniciou minha condução numa jornada desconhecida através do estado meditativo.

Deitada em minha cama, fiz três respirações profundas, conforme orientada. Enquanto meu abdome inflava a cada inspiração, sentia meu corpo liberando todas as cargas presentes ao longo das expirações.

Um incômodo aqui, um pensamento ali, uma tensão em algum lugar… aos poucos tudo se tornava secundário naquela maravilhosa meditação.

Por isso, tentei parar de pensar algumas vezes, mas a voz me disse para focar minha atenção na respiração, natural e fluida. Ficou bem mais fácil!

Depois de alguns instantes, me vi plenamente atenta a todos os estímulos do meu corpo, cada vez mais presente e mais consciente do meu ser.

A voz, feminina e delicada, pediu que eu imaginasse um local na natureza onde me sentia bem e acolhida. 

Imediatamente, deixei brotar a imagem de um imenso vale. Seus gramados saltavam aos olhos com intensos tons de verdes e uma brisa suave pairava no ar.

A voz então sugeriu que houvesse um local com água, na forma que mais agradasse.

Ao fundo, surgiu um lago cristalino, fonte de vida para pequenos peixes e animais que ali buscavam água. Era um local maravilhoso, que só poderia ter surgido dos meus mais belos sonhos.

Assim, conduzindo-me até o lago, a voz pediu para que eu visse minha imagem espelhada nas águas. Ela poderia estar nítida ou desfocada, tudo dependeria do movimento do elemento escolhido.

Calmamente, a voz sugeriu que admirasse cada detalhe possível da minha imagem: o que achava belo e aquilo que também não me agradava.

Lindamente, me disse para que do fundo do meu coração uma luz verde brotasse e que a cada detalhe observado, deixasse o sentimento de amor se expandir em mim.

Desta forma, lembrou-me que mesmo as marcas das quais eu não gostava, eram fruto de experiências, aprendizados e passos da minha jornada.

Pediu-me para aceitar e acolher o meu ser e com gratidão admirar aquela pessoa que já havia superado bravamente tantos desafios.

Ah! Que maravilha era poder olhar para mim mesma com outros olhos!

Confesso que no início foi difícil admirar minhas rugas e outras linhas de expressão. Mas, no decorrer da meditação, fui me permitindo e maravilhosamente me abrindo para àquela experiência.

Assim, após algumas respirações, conduziu-me para admirar a beleza da paisagem que também estava ao meu redor. Cada folha, cada inseto, cada flor, em sua delicadeza mais pura.

Um sentimento de luz e paz invadiu o meu peito naquele instante, algo que há muito tempo não havia sentido. 

Aos poucos, a voz foi me trazendo de volta. Pude sentir novamente as partes do meu corpo e cada pulsar dentro de mim.

A jornada me pareceu curta… naquele momento pensei “Ah, como eu queria ficar mais tempo nesse estado de contemplação!”.

Mas, ao fim, mesmo ao abrir os olhos e me desconectar da condução, eu sabia que poderia levar esse estado meditativo ao meu dia-a-dia.

Certamente, esse foi apenas um relato, das tantas meditações que já pratiquei até hoje. Hoje, sou mais consciente de mim e do meu ser. De como a minha parte é integrada a esse todo fantástico que há ao nosso redor.

Assim, permita-se ser mais consciente. Aqui, você conferiu apenas algumas das inúmeras maravilhas que é poder estar plenamente atento (a) ao presente.”

*Esse é um texto em formato poético que traduz em palavras alguns sentimentos e emoções ligados ao estado meditativo. Assim, esperamos que ele incentive você a se conectar mais. 

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